
Oque faz um disco ser genial? oque faz uma banda lançar discos ótimos atrás de discos fudidos?
Talvez re inventar o som, renovar o som que já faziam. Com certeza bandas como Iron Maiden e AC DC não fazem. Eles ganham bem mais que todos nós juntos e nisso eles estão certos, mas desculpe para quem ama essas bandas, mas acho uma puta de perda de tempo ouvir o disco novo do AC DC concerteza alguem vai falar "olha que foda, nunca vi o Angus Young solando assim".
Mas se formos discutir isso não vamos acabar nunca, meu gosto e minha opinião são essas.
4 é, obviamente, o quarto disco dessa banda do Rio, dúvido que alguém não conheça os caras.
A banda começou como uma banda de Ska, ou seria aquela fórmula bunglesta de fazer música. Vem sempre esta imagem para mim com Marcelo Camelo falando, a primeira banda de som mistureba que conheci foi o Mr Bungle, Patrick Laplan baixista da época que é um Bunglemaníaco, hoje no Biquini Cavadão e sofrendo pra o projeto Eskimo ir pra frente de forma indepêndente.
Nessa época o disco não era um primor, mas é um disco que eu acho muito legal, apesar das letras um pouco imaturas e da pérola que grudou nos ouvidos de todos os brasileiros "Ana Júlia".
Mas a banda surpreendeu imensamente quando saiu "O Bloco do Eu Sozinho", esse disco é lindo e com "Ventura" a banda mostrou que que sempre viriam com modificações no som.
Confesso que a primeira vez que ouvi o "4" senti uma aversão, mas consegui adorar esse disco.
Uma definição simplificada do que seria o som nesse trabalho, "Post-Bossa-Progressiva". A influência de música brasileira nesse disco consegue ser tão completa que nos violões de Camelo conseguimos ver presença do Moraes Moreira e Caetano em "Fez se Mar", "Morena" e "Sapato Novo", algumas vezes dá pra ver o Post-Rock aflorando em "Primeiro Andar" e "Os Pássaros", "o som da bateria da uma noção maior de sonho", como diria meu amigo John, o som Mod em "Condicional" e "O Vento", com tecladinhos bem oitentistas, e algo progressivo quase que Floydiano em "Horizonte Distante" e "Pois é".
Assim como outros discos do Los Hermanos, absurdamente ótimo e nada óbvio:
Um comentário:
gostei bastante da resenha, parabéns marcelo!
divido contigo a mesma opinião sobre o álbum... inspirante e inovador em sua essência!
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